Já fui veludo?
Nem sei. Talvez sim.
Hoje sou um tapede felpudo
pra você repousar os seus pés.
Não sou tecido, nem feita de seda
ou qualquer coisa assim.
Não sou macia,
nem tenho espinhos.
Sou simples,
mera textura,
fazenda sem arremate.
Sou eu,
uma parte pano de chão,
outra tricotada a mão.
Delicada trama,
áspero toque.
Linhas frágeis,
destino miúdo.
Eu, pedaço pequeno,
restos de um veludo?
Não sei..
Sempre mudo.
Poema feito pro Vlad, que me dizia ser um "veludo".
Amigo e escritor. Vale a pena conferir seu blog:
http://pontesdisfarcadas.zip.net
31 maio, 2006
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