08 junho, 2010

Espólio

A poesia há tempos não me visita,
Mas meus versos mudos
Passeiam pela casa.
Soltos, livres...
Assustando paredes,
Incorporando canções,
Imaculando o silêncio.
A alma calada reconhece o susto e canta.
Minha casa é um livro fantasma,
E eu moro na palavra que me espanta.