Poderia deixar esta folha em branco.
Uma criança faria um desenho,
alguém escreveria uma carta de amor,
um homem calcularia o seu lucro,
um artista faria uma obra.
Mas eu , por pura pretensão, a usei.
Abusei do branco do papel,
que era virgem, imaculado.
Num ato de rebeldia,
numa atitude devassa,
manchei com palavras.
Não controlei meus impulsos,
não vigiei meus instintos,
violentei o papel,
cobri de letras
e fecundei um poema.
07 setembro, 2006
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