14 fevereiro, 2008

filme ruim


Que vá embora de vez!
E leve consigo esta dor estrangeira,
imigrante,
que não me pertence mais.
Não há música para surdos
e nem cores para os cegos.
Tudo que você projetou
não cabe na tela do meu sonho.
Acabou. The end.
Sem direito a Oscar.

3 comentários:

Anônimo disse...

Momentos

Há momentos em que a arte provoca, reluz, seduz e faz surgir o estrelato. Nesses momentos recebemos prêmios, bonificações, aplausos e indicações. Esses momentos também passam, talvez para abrir lacuna para outras manifestações artísticas. Apreciar a boa arte é como degustar um bom vinho, impossível esquecer seu sabor mas quando a garrafa está aberta, avinagra-se e é difícil não querer saborear outros. Com a sabedoria que só o tempo tem, torna-se ordem "sine qua non" abrir uma nova garrafa do mesmo vinho, desta vez, bebe-se até o último gole, embriaga-se de prazer e revitalizam-se as papilas gustativas que, obedientes, haviam se curvado à finitude.

Anônimo disse...

O homem disse: fim. Seu brado é sólido como pedra, mas a água mole (tão feminina) tanto bate até...
A mulher disse: fim. Tal qual uma gata que está farta de carinhos. Seu miado começa gasoso, se liquefaz, vira massa e talvez um dia se torne rocha, um diamante impermeável que se torna oferenda ao novo amor.
Homem nenhum tem a competência para furar a pedra, mas ao aspirar os gases; beber os líquidos e devorar as massas nota-se sua habilidade em lapidá-las.

Anônimo disse...

A mais completa das poetisas anunciou: "a esperança sempre pede a saideira..." Lembre-se, saideira tem o pé na última mas se perpetua em penúltimas.
Voéjos D'eu Cass.