Só o vulgar é evidente.
A beleza fica encoberta
aos olhos comuns.
Se perde, se torna inútil
feito um colar de pérolas,
corando num copo
de vinho barato.
nestes dias de verão só eu assisto de longe o mar a praia o sol tédio que venha logo o outono com seu descontentamento suas folhas mortas e o meu entardecer.
Um dia você irá embora? Perguntei. Claro que não, respondeu ele. Eu sabia que sim. Mas preferi acreditar. Abracei seu corpo e sorri, com uma única certeza: Você está em mim. É aqui que você mora.
Minha alma desnuda espera pelo anônimo almirante. Encontro furtado, madrugadas vãs. Mitologias, poética incerta, co-autoria de risco. Selvagerias de um Peri, numa primavera em que toda insensatez fazia sentido...
Saudade...
Do amor sem noção das horas. E do tempo que parou em mim.
A pequenina borboleta passeou entre as flores, bateu suas asas em ritmos frenéticos e vôos lentos. Festou a natureza, encheu de cores os olhos vazios e voltou para o seu casulo. Fechou suas asinhas, se cobriu com o manto cinza e por lá ficou, esperando a próxima primavera.
Que vá embora de vez! E leve consigo esta dor estrangeira, imigrante, que não me pertence mais. Não há música para surdos e nem cores para os cegos. Tudo que você projetou não cabe na tela do meu sonho. Acabou. The end. Sem direito a Oscar.