20 agosto, 2009

O sal da água


A pia goteja sem trégua,
molhando a solidão da noite.
Há sal na água que verte?
A boca seca,
o nó na garganta,
e a sede que a ilusão não mata
entornam pouco a pouco a minha saudade.
Nenhuma verdade vem aquecer o meu sonho,
as minhas insônias são repletas de umidade.

2 comentários:

Unknown disse...

É incrível como você sabe escolher as palavras certas. "Insônias repletas de umidade". Simplismente incrível. E me deixa sem palavras!
Beijos, Marcelo

Fernando Martinez disse...

só posso dizer que é poema feliz